Memoria . Description
Pretende-se com esta proposta valorizar o conjunto arquitectónico, integrando a arquitectura do Bloco C e do Bloco B (embasamento) na lógica do projecto existente – Bloco A. É ainda criada uma praça central – Praça BAI, rodeada pela edificação proposta, que visa conceber um espaço colectivo, unitário na sua globalidade, com uma forte componente paisagística, transformando-se num ponto de encontro dos utentes do complexo.
A análise das circunstâncias actuais permite, entender a envolvente e justificar as novas decisões projectuais. A sua implantação, que procura resolver o gaveto que as duas vias de comunicação principais existentes criaram, desenvolve-se na articulação de um volume de dois pisos, que faz toda a frente de rua a nascente e a sul, com um conjunto de 2 blocos de 6 pisos, que assenta sobre este, e se desenvolve para o interior do quarteirão, originando um esquema em “U”. Assim, a nascente (Corpo B) e a sul (Corpo A) desenvolvem-se as fachadas principais, com um carácter mais urbano e comercial. A norte, e com acesso desde a fachada nascente, acede-se a uma galeria de distribuição para o edifício de escritórios (Corpo C).
Propõe-se a criação de criada uma métrica modular que alterna elementos de janela com elementos “cegos”. Esta métrica possibilita ainda a compartimentação do espaço interior, e absorve e esconde os elementos estruturais. Paralelamente, e mais uma vez visando a integração, foi dada uma continuidade visual à linha das varandas, criando um corpo unitário e uniforme. Essa uniformidade é conseguida pelos elementos construtivos – vigas contínuas Consegue-se assim, um bloco de escritórios, com a mesma linguagem arquitectónica do Bloco A, mas adaptado e reflectindo ao seu uso interior. O esquema em forma de “U” do complexo, privilegia e destaca o elemento interior – a Praça.
Esta organiza-se segundo uma malha ortogonal com base nos limites e nos acessos do interior do complexo, que regula e delimita os espaços de características diferentes. Geometricamente a malha é quebrada por pavimentos circulares, que procuram romper a rigidez do complexo. São, assim, criados espaços com características distintas mas unitárias, facilmente apropriadas pelos diferentes tipos de utilização que se pretendem.
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